PÁGINA 10 | LETÍCIA DUARTE (Interina)- ZERO HORA 06/02/2012
Independentemente do desfecho para o impasse nas eleições do Tribunal de Justiça do Estado, o constrangimento causado até aqui pelo imbróglio judicial em que se transformou a posse da nova diretoria é suficiente para garantir uma certeza: os critérios para a votação serão revistos a partir das próximas eleições.
Ainda que estejam em jogo diferentes interpretações sobre a Lei da Magistratura, o comando do Tribunal reconhece que, diante da polêmica, no mínimo é preciso aperfeiçoar o sistema para torná-lo à prova de “más interpretações”.
No momento, a preocupação da Corte é dissipar ruídos capazes de colocar mais lenha na fogueira. Por isso, voltou atrás no que havia anunciado na sexta-feira, quando o desembargador eleito Marcelo Bandeira Pereira convocou a imprensa para dizer que permaneceria à frente da instituição. A posição havia sido tomada após uma conversa de Bandeira Pereira com o ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Fux, no dia anterior, em que Fux teria garantido que iria reconsiderar a suspensão da posse.
Como a expectativa de que a liminar fosse revista não se confirmou, no sábado os desembargadores voltaram a se reunir e decidiram reempossar a diretoria antiga – o que, por ironia do destino, deixará a presidência nas mãos do adversário de Bandeira Pereira na disputa, José Aquino Flôres de Camargo.
O principal objetivo era desfazer qualquer impressão de que o TJ gaúcho estaria se rebelando contra a decisão do STF e descumprindo a liminar.
– Houve um ruído, mas vamos dar cumprimento imediato à decisão – assegura o desembargador Túlio Martins.
Integrantes da Corte avaliam que o “ruído” teria sido produzido por uma conjunção de fatores: de um lado, o ministro Fux pode ter sido ambíguo em suas declarações. De outro, Bandeira Pereira pode ter interpretado as palavras de Fux com o que gostaria de ouvir.
Para evitar novos desentendimentos, a nova ordem é cumprir primeiro a liminar do STF e discutir depois.
Há quem aposte que a saída para o impasse será simplesmente refazer a eleição para o cargo de corregedor, que está na origem da disputa, já que é pleiteado pelo autor da ação, o desembargador Arno Werlang.
O dia em que a Justiça Brasileira se tornar sistêmica, independente, ágil e coativa, e com Tribunais fortes e juízes próximos do cidadão e dos delitos, o Brasil terá justiça, segurança e paz social.
"A Função Precípua da Justiça é a aplicação coativa da Lei aos litigantes" (Hely Lopes Meirelles)- "A Autoridade da Justiça é moral e sustenta-se pela moralidade de suas decisões" (Rui Barbosa)
MAZELAS DA JUSTIÇA
Neste blog você vai conhecer as mazelas que impedem a JUSTIÇA BRASILEIRA de desembainhar a espada da severidade da justiça para cumprir sua função precípua da aplicação coativa das leis para que as leis, o direito, a justiça, as instituições e a autoridade sejam respeitadas. Sem justiça, as leis não são aplicadas e deixam de existir na prática. Sem justiça, qualquer nação democrática capitula diante de ditadores, corruptos, traficantes, mafiosos, rebeldes, justiceiros, imorais e oportunistas. Está na hora da Justiça exercer seus deveres para com o povo, praticar suas virtudes e fazer respeitar as leis e o direito neste país. Só uma justiça forte, coativa, proba, célere, séria, confiável, envolvida como Poder de Estado constituído, integrada ao Sistema de Justiça Criminal e comprometida com o Estado Democrático de Direito, será capaz de defender e garantir a vida humana, os direitos, os bens públicos, a moralidade, a igualdade, os princípios, os valores, a ordem pública e o direito de todos à segurança pública.
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