O dia em que a Justiça Brasileira se tornar sistêmica, independente, ágil e coativa, e com Tribunais fortes e juízes próximos do cidadão e dos delitos, o Brasil terá justiça, segurança e paz social.
"A Função Precípua da Justiça é a aplicação coativa da Lei aos litigantes" (Hely Lopes Meirelles)- "A Autoridade da Justiça é moral e sustenta-se pela moralidade de suas decisões" (Rui Barbosa)
MAZELAS DA JUSTIÇA
Neste blog você vai conhecer as mazelas que impedem a JUSTIÇA BRASILEIRA de desembainhar a espada da severidade da justiça para cumprir sua função precípua da aplicação coativa das leis para que as leis, o direito, a justiça, as instituições e a autoridade sejam respeitadas. Sem justiça, as leis não são aplicadas e deixam de existir na prática. Sem justiça, qualquer nação democrática capitula diante de ditadores, corruptos, traficantes, mafiosos, rebeldes, justiceiros, imorais e oportunistas. Está na hora da Justiça exercer seus deveres para com o povo, praticar suas virtudes e fazer respeitar as leis e o direito neste país. Só uma justiça forte, coativa, proba, célere, séria, confiável, envolvida como Poder de Estado constituído, integrada ao Sistema de Justiça Criminal e comprometida com o Estado Democrático de Direito, será capaz de defender e garantir a vida humana, os direitos, os bens públicos, a moralidade, a igualdade, os princípios, os valores, a ordem pública e o direito de todos à segurança pública.
quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
IMPUNIDADE ANUNCIADA
EDITORIAL ZERO HORA 15/12/2011
Uma autoridade diretamente envolvida no julgamento do mensalão acaba de confirmar as suspeitas levantadas pela imprensa em torno de um dos prováveis desfechos do caso na Justiça. O ministro Ricardo Lewandowski admite que muitos dos 38 réus terão penas prescritas, porque o processo se transformou num imbróglio e se arrastou até agora na mais alta corte do país. O ministro terá uma tarefa grandiosa pela frente, como revisor do processo, depois do voto do relator, Joaquim Barbosa. O julgamento finalmente previsto para 2012 pode frustrar as expectativas iniciais de quem esperava a punição dos responsáveis pelo escândalo descoberto em 2005.
As declarações de Lewandowski, em entrevista divulgada ontem, são desalentadoras. Como este é um caso exemplar de desmando na política, se for confirmada a hipótese levantada pelo ministro, o país perderá a oportunidade de ver os denunciados punidos por todos os crimes cometidos. É preocupante também que o próprio Lewandowski considere a possibilidade de o processo não ter uma conclusão no ano que vem, porque, na missão de fazer a revisão, terá de reler uma montanha de mais de 130 volumes com 45 mil páginas. Espera-se uma reversão que faça prevalecer a previsão do ex-procurador-geral da República Antonio Fernando de Souza, de que a prescrição por decurso de prazo somente acontecerá se as penas para formação de quadrilha, por exemplo, forem brandas. Souza está certo de que as penas serão rigorosas, adequadas ao impacto dos delitos cometidos.
As denúncias contra os envolvidos no caso foram entregues à Justiça em março de 2006 e acolhidas pelo Supremo em agosto de 2007. Ao tornar públicas as dificuldades que enfrentará, quando receber o processo, o ministro Lewandowski expôs sua reconhecida franqueza para ratificar indícios apresentados pela imprensa com base em análises de juristas. A partir de agora, sua missão é também a de todos os colegas no Supremo, no sentido de superar os obstáculos que vêm ameaçando o julgamento.
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