MAZELAS DA JUSTIÇA

Neste blog você vai conhecer as mazelas que impedem a JUSTIÇA BRASILEIRA de desembainhar a espada da severidade da justiça para cumprir sua função precípua da aplicação coativa das leis para que as leis, o direito, a justiça, as instituições e a autoridade sejam respeitadas. Sem justiça, as leis não são aplicadas e deixam de existir na prática. Sem justiça, qualquer nação democrática capitula diante de ditadores, corruptos, traficantes, mafiosos, rebeldes, justiceiros, imorais e oportunistas. Está na hora da Justiça exercer seus deveres para com o povo, praticar suas virtudes e fazer respeitar as leis e o direito neste país. Só uma justiça forte, coativa, proba, célere, séria, confiável, envolvida como Poder de Estado constituído, integrada ao Sistema de Justiça Criminal e comprometida com o Estado Democrático de Direito, será capaz de defender e garantir a vida humana, os direitos, os bens públicos, a moralidade, a igualdade, os princípios, os valores, a ordem pública e o direito de todos à segurança pública.

sábado, 13 de agosto de 2011

A INSOLÊNCIA DOS MAFIOSOS


SUA SEGURANÇA | Humberto Trezzi - ZERO HORA, 13/08/2011

Máfia de combustíveis, de vans, grupo de extermínio formado por policiais, agiotas, bicheiros. É longa a lista de inimigos colecionados pela juíza Patrícia Acioli, metralhada em Niterói (RJ). Ela já tinha sido vítima de outro atentado, na Baixada Fluminense, quando atuava como defensora pública. Da defesa de acusados de crimes, ela passou a alvo.

O que salta aos olhos é que seus inimigos estavam longe de ser pés de chinelo, aquele tipo de criminoso sem pedigree. Não, via de regra a juíza julgava o que se chama crime organizado – aquele sem improvisos e que conta, muitas vezes, com colaboração de servidores públicos e autoridades.

O assassinato de Patrícia expõe o quão longe chegam os tentáculos e a audácia das organizações mafiosas no Brasil. Ela não foi a primeira vítima. Em março de 2003, o juiz Alexandre Martins de Castro Filho foi morto a tiros em Vila Velha (ES). Após longa investigação, descobriu-se que ele tinha sido vítima de um complô da famosa Escuderie Le Coq, um esquadrão da morte formado por policiais e ex-policiais. Anos depois, um juiz paulista foi executado a mando da facção criminosa PCC. O preocupante nisso tudo é que o tempo entre cada morte de magistrado está se estreitando.

Antes que os bandidos comemorem muito, é bom ficarem cientes: nenhum desses casos ficou impune. Executores e alguns mandantes foram condenados (sete condenados no caso capixaba, três à espera de julgamento). O que mostra que o Brasil não é a Colômbia, onde durante a década de 90, magistrados compareciam às audiências com o rosto no escuro ou de capuz, para que os traficantes não conhecessem o rosto de quem os estava julgando.

Essa era colombiana passou. Tomara que nunca chegue ao Brasil. Já basta ter juízes vivendo com escolta diuturna. Para evitar a escalada de impunidade, é imperioso que as polícias se unam, vasculhem e analisem o pantanal de inimigos que Patrícia colecionou.

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