MAZELAS DA JUSTIÇA

Neste blog você vai conhecer as mazelas que impedem a JUSTIÇA BRASILEIRA de desembainhar a espada da severidade da justiça para cumprir sua função precípua da aplicação coativa das leis para que as leis, o direito, a justiça, as instituições e a autoridade sejam respeitadas. Sem justiça, as leis não são aplicadas e deixam de existir na prática. Sem justiça, qualquer nação democrática capitula diante de ditadores, corruptos, traficantes, mafiosos, rebeldes, justiceiros, imorais e oportunistas. Está na hora da Justiça exercer seus deveres para com o povo, praticar suas virtudes e fazer respeitar as leis e o direito neste país. Só uma justiça forte, coativa, proba, célere, séria, confiável, envolvida como Poder de Estado constituído, integrada ao Sistema de Justiça Criminal e comprometida com o Estado Democrático de Direito, será capaz de defender e garantir a vida humana, os direitos, os bens públicos, a moralidade, a igualdade, os princípios, os valores, a ordem pública e o direito de todos à segurança pública.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

JUIZ QUE RECEBEU PROPINA DE TRAFICANTE É CONDENADO À APOSENTADORIA COM SALÁRIOS DE R$ 28 MIL


Juiz que mandou prender Planet Hemp é afastado por suspeita de receber propina de traficante. Ele foi aposentado compulsoriamente e vai continuar a receber salário de cerca de R$ 28 mil

O GLOBO
Publicado:24/05/13 - 9h27
Atualizado:24/05/13 - 9h37


Marcelo D2, no centro, com mais dois integrantes do grupo Planet Hemp durante a prisão na Coordenacão de Polícia Especializada (CPE), em Brasília. Ivo Gonzalez / Arquivo O Globo - 10.11.97


BRASÍLIA — O Conselho Especial do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) condenou esta semana à aposentadoria compulsória o juiz Vilmar José Barreto Pinheiro, que mandou prender os integrantes da banda Planet Hemp em 1997 por apologia às drogas. De acordo com o jornal “Correio Braziliense”, o magistrado foi acusado pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) de receber R$ 40 mil para conceder a liberdade a um traficante quando exercia o cargo de titular da 1ª Vara de Entorpecentes e Contravenções Penais de Brasília. Na época da prisão dos músicos, o juiz também proibiu shows e a venda de discos, fitas e CDs da banda no Distrito Federal.

O magistrado foi afastado por maioria dos votos: 11 a quatro, em processo que correu sob segredo de justiça e se arrastou durante dez anos. O conselho aplicou a pena máxima para o caso de um processo administrativo sobre violação dos deveres funcionais. Com a aposentadoria compulsória, Barreto não poderá mais exercer a magistratura, mas continuará recebendo salário do tribunal que em abril foi de R$ 28.761,43.

No Facebook, o Planet Hemp considerou a punição ao juiz “se não uma ironia, ao menos uma escancarada safadeza do poder judiciário brasileiro”.

Em um texto entitulado “Retrato da hipocrisia e falso moralismo da sociedade brasileira”, a banda informa aos fãs o ocorrido e chama a sociedade a dexintoxicar a sua percepção.

“Até quando a sociedade dará ouvidos a discursos recheados de interesses e financiados não só pela corrupção, mas pela falta de esclarecimento geral da população? Bater no peito e levantar bandeiras contra as drogas é fácil, ainda mais com o auxílio da mídia atenta em manipular e instigar o senso comum.

Desintoxique-se! E, ao falar isso, não estamos nos referindo a nenhum tipo de substância. Desintoxique a sua percepção! Preste atenção em quem realmente diz ser a voz da justiça desse país, condenando a liberdade de expressão de forma atroz e reflita se é essa a representação que você realmente aceita para si.”

Um comentário:

  1. Dói ler este tipo de notícia, quebra até o ânimo em crer que o país tem jeito.

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