Câmara questiona anulação de provas. Deputado alega que decisões do STJ provoca sensação de impunidade - Gustavo lima / agência Câmara / CORREIO DO POVO, 24/09/2011
Os ministros da 6 Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) serão convidados a debater no Congresso a decisão, tomada na semana passada, de anular provas da Operação Boi Barrica, rebatizada de Faktor, que investiga o empresário Fernando Sarney, acusado de tráfico de influência, lavagem de dinheiro e sonegação de impostos. O pedido foi feito ontem à Comissão de Segurança Pública da Câmara pelo deputado Fernando Francischini (PSDB-PR).
Para ele, a anulação de provas de operações da Polícia Federal que envolvem políticos, empresários e poderosos causa insegurança jurídica e sensação de impunidade no país. Fernando é filho do presidente do Senado, José Sarney. O STJ anulou diálogos telefônicos interceptados na operação e o relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que detectou movimentações financeiras atípicas do empresário.
A audiência pública, em data a ser marcada, abordará também a anulação, pelo tribunal, das operações Dallas, que investigou fraudes no porto de Paranaguá, envolvendo um irmão do ex-governador Roberto Requião, e a Satiagraha, que investigou o banqueiro Daniel Dantas, dono do grupo Opportunity, além da Castelo de Areia, que desmantelou esquema de propina atribuído à construtora Camargo Corrêa.
Serão convidados a depor delegados e membros do Ministério Público envolvidos nas operações mutiladas. "Os episódios estão mal explicados e precisam ser esclarecidos", diz Francischini. "A sociedade paga à Polícia para investigar e a Justiça para que não deixe criminosos impunes."
A anulação das provas da Boi Barrica causou polêmica nos meios jurídicos porque jogou por terra dois instrumentos importantes de investigação policial: interceptações telefônicas e relatórios do Coaf, instituição que controla movimentações bancárias e financeiras e alerta sobre operações com indícios de crime.
A decisão do STJ anima réus que esperam julgamento. Entre eles, os ex-governadores José Roberto Arruda (DF), preso na operação Caixa de Pandora, e Pedro Paulo Dias (AP), apanhado pela Mãos Limpas, além dos envolvidos na Voucher, que derrubou a cúpula do Ministério do Turismo.
O dia em que a Justiça Brasileira se tornar sistêmica, independente, ágil e coativa, e com Tribunais fortes e juízes próximos do cidadão e dos delitos, o Brasil terá justiça, segurança e paz social.
"A Função Precípua da Justiça é a aplicação coativa da Lei aos litigantes" (Hely Lopes Meirelles)- "A Autoridade da Justiça é moral e sustenta-se pela moralidade de suas decisões" (Rui Barbosa)
MAZELAS DA JUSTIÇA
Neste blog você vai conhecer as mazelas que impedem a JUSTIÇA BRASILEIRA de desembainhar a espada da severidade da justiça para cumprir sua função precípua da aplicação coativa das leis para que as leis, o direito, a justiça, as instituições e a autoridade sejam respeitadas. Sem justiça, as leis não são aplicadas e deixam de existir na prática. Sem justiça, qualquer nação democrática capitula diante de ditadores, corruptos, traficantes, mafiosos, rebeldes, justiceiros, imorais e oportunistas. Está na hora da Justiça exercer seus deveres para com o povo, praticar suas virtudes e fazer respeitar as leis e o direito neste país. Só uma justiça forte, coativa, proba, célere, séria, confiável, envolvida como Poder de Estado constituído, integrada ao Sistema de Justiça Criminal e comprometida com o Estado Democrático de Direito, será capaz de defender e garantir a vida humana, os direitos, os bens públicos, a moralidade, a igualdade, os princípios, os valores, a ordem pública e o direito de todos à segurança pública.
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