ZERO HORA - 14 de maio de 2012 | N° 17069
DO LEITOR
Os juízes do STF deverão receber, retroativo a 1º de janeiro, aproximadamente, R$ 32 mil. Um salário destes é um desrespeito ao trabalhador brasileiro. Principalmente àqueles que executam tarefas pesadas, desgastantes e perigosas.
A injustiça toma vulto ao contemplarmos o que ganha um soldado das Forças Armadas: R$ 800 por mês. Podendo ser menos ainda, devido a uma série de descontos.
Os deputados, por sua vez, prometeram reajustar o soldo dos militares. Mas continuam de braços cruzados.
E justamente num momento em que a pátria mais precisa economizar é dado um incentivo escandaloso a um grupo de privilegiados, que já vive num mundo de luxo e riqueza.
Cláudio Frederico Vogt, Militar – Porto Alegre
COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Não sou contra salários altos para juízes, se estes tivessem uma postura voltada à função precípua da aplicação coativa da lei para a preservação da paz social e do interesse público no Brasil. Sou a favor de altos salários para juízes se o Poder Judiciário tivesse orçamento capaz de nomear mais juízes e funcionários para aumentar o número de varas criminais e cíveis de modo a agilizar os processos, promover o transitado em julgado em tempo oportuno e aproximar a justiça do cidadão brasileiro. Sou a favor de altos salários para os juízes se o Poder Judiciário tivesse suporte financeiro para estruturar o poder e investir em tecnologia capaz de desburocratizar processos e ligações, impedir o corporativismo, criar Sistema de Justiça Criminal, exigir a aprovação da PEC do juiz de garantia, inibir a ganância salarial e fortalecer os tribunais regionais. E ainda defendo altos salários para os juízes, se o Poder Judiciário respeitasse a Constituição federal que prega a harmonia e igualdade entre os Poderes de Estado e tem umm dispositivo (artigo 37, inciso XII) que prevê o teto nos salários pagos pelo Poder Executivo e que foi alterado por uma PEC para satisfazer interesses.
O dia em que a Justiça Brasileira se tornar sistêmica, independente, ágil e coativa, e com Tribunais fortes e juízes próximos do cidadão e dos delitos, o Brasil terá justiça, segurança e paz social.
"A Função Precípua da Justiça é a aplicação coativa da Lei aos litigantes" (Hely Lopes Meirelles)- "A Autoridade da Justiça é moral e sustenta-se pela moralidade de suas decisões" (Rui Barbosa)
MAZELAS DA JUSTIÇA
Neste blog você vai conhecer as mazelas que impedem a JUSTIÇA BRASILEIRA de desembainhar a espada da severidade da justiça para cumprir sua função precípua da aplicação coativa das leis para que as leis, o direito, a justiça, as instituições e a autoridade sejam respeitadas. Sem justiça, as leis não são aplicadas e deixam de existir na prática. Sem justiça, qualquer nação democrática capitula diante de ditadores, corruptos, traficantes, mafiosos, rebeldes, justiceiros, imorais e oportunistas. Está na hora da Justiça exercer seus deveres para com o povo, praticar suas virtudes e fazer respeitar as leis e o direito neste país. Só uma justiça forte, coativa, proba, célere, séria, confiável, envolvida como Poder de Estado constituído, integrada ao Sistema de Justiça Criminal e comprometida com o Estado Democrático de Direito, será capaz de defender e garantir a vida humana, os direitos, os bens públicos, a moralidade, a igualdade, os princípios, os valores, a ordem pública e o direito de todos à segurança pública.
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