Eliana Calmon diz não ver ‘generalidade’ em declaração sobre Justiça que irritou presidente do STF - RADAR POLÍTICO, O Estado de S.Paulo, 18/10/2011
A corregedora do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministra Eliana Calmon, defendeu-se nesta segunda-feira, 17, das acusações – feitas pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cezar Peluso – de que teria “generalizado” e manchado a honra do Judiciário ao afirmar que existem “bandidos” escondidos por trás da toga.
“Até hoje leio (as declarações) e não vejo essa generalidade. Eu sou magistrada de carreira e não posso, absolutamente, fazer uma acusação geral contra a magistratura”, disse ela, reiterando as denúncias: “Temos, sim, muitos problemas de bandidos que buscam esta proteção (de ter cargo de juiz)”.
Desde que a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) questionou no STF o poder do CNJ de investigar juízes acusados de corrupção antes de as corregedorias estaduais concluírem os processos disciplinares, Eliana viu-se envolvida em uma polêmica sobre o papel do Conselho.
Nesta segunda-feira, em debate promovido pelo jornal Folha de S. Paulo, a ministra voltou a defender os poderes de investigação da Corregedoria Nacional.
“Quero mais uma vez pontuar: o debate não está fora do tom. O debate é este mesmo”, afirmou. “(Se o Supremo restringir os poderes da corregedoria do CNJ), parte da autoridade da corregedoria nacional ficará irremediavelmente perdida e inutilizada.”
O senador Demóstenes Torres(DEM-GO) – que também participou do debate – disse já ter apresentado no Congresso uma Proposta de Emenda Constitucional, a fim de garantir os poderes disciplinares do CNJ.
Segundo ele, o projeto deverá ser colocado em votação, caso o julgamento no STF seja contrário ao conselho. A proposta já teria o apoio de “pelo menos 70 senadores”, garantiu Demóstenes. “Esta não é uma questão de Governo e oposição”, disse.
O dia em que a Justiça Brasileira se tornar sistêmica, independente, ágil e coativa, e com Tribunais fortes e juízes próximos do cidadão e dos delitos, o Brasil terá justiça, segurança e paz social.
"A Função Precípua da Justiça é a aplicação coativa da Lei aos litigantes" (Hely Lopes Meirelles)- "A Autoridade da Justiça é moral e sustenta-se pela moralidade de suas decisões" (Rui Barbosa)
MAZELAS DA JUSTIÇA
Neste blog você vai conhecer as mazelas que impedem a JUSTIÇA BRASILEIRA de desembainhar a espada da severidade da justiça para cumprir sua função precípua da aplicação coativa das leis para que as leis, o direito, a justiça, as instituições e a autoridade sejam respeitadas. Sem justiça, as leis não são aplicadas e deixam de existir na prática. Sem justiça, qualquer nação democrática capitula diante de ditadores, corruptos, traficantes, mafiosos, rebeldes, justiceiros, imorais e oportunistas. Está na hora da Justiça exercer seus deveres para com o povo, praticar suas virtudes e fazer respeitar as leis e o direito neste país. Só uma justiça forte, coativa, proba, célere, séria, confiável, envolvida como Poder de Estado constituído, integrada ao Sistema de Justiça Criminal e comprometida com o Estado Democrático de Direito, será capaz de defender e garantir a vida humana, os direitos, os bens públicos, a moralidade, a igualdade, os princípios, os valores, a ordem pública e o direito de todos à segurança pública.
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