Entrevista no Fantástico. Juíza ofereceu a casa para hospedar noiva de Bruno - O GLOBO, 31/07/2011 às 23h25m; Vinícius Lisboa
RIO - A proximidade entre a juíza Maria José Starling e a noiva do goleiro Bruno, Ingrid Calheiros, ficou evidenciada em uma gravação exibida pelo programa "Fantástico", da TV Globo, no domingo, em que a magistrada chegou a oferecer a própria casa para que Ingrid se hospedasse. As escutas foram feitas a pedido do Ministério Público, que investiga denúncias de favorecimento do atleta no presídio de segurança máxima Nelson Hungria, em Minas Gerais. No diálogo, Maria José diz ainda que é amiga da futura mulher do goleiro:
"Antes de (você) ser noiva do Bruno ou qualquer coisa, eu sou sua amiga. Se precisar ficar na minha casa, pode vir que tem lugar".
Apesar disso, a juíza foi afastada no último dia 27 de junho após denúncia de Ingrid e Bruno à Assembleia Legislativa de Minas Gerais. O casal acusa um advogado indicado por Maria José Starling de pedir R$ 1,5 milhão para obter um habeas corpus para o goleiro. Um contrato teria sido assinado, mas o casal alega ter desistido quando o advogado exigiu o dinheiro antes da liberação do presídio.
As gravações também mostram que Bruno falava com a noiva quando queria, por telefone e com a ajuda de funcionários da prisão.
O "Fantástico" também exibiu uma entrevista com o amigo de infância do goleiro Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, que negou ter participado dos crimes contra Eliza Samudio. Macarrão também destacou a proximidade de sua relação com Bruno, especialmente depois de o atleta ficar famoso.
- Passei a cuidar de tudo. Levá-lo para o treino, buscá-lo no aeroporto. Na hora que ele acordava, dava o café da manhã dele. Cuidava do almoço, da roupa na lavanderia - enumerou Macarrão, que acrescentou: - Eu amo o Bruno.
Macarrão afirma que conheceu Eliza Samudio apenas em janeiro de 2010, o que contraria uma condenação de três anos e meio de prisão que recebeu por ter sido acusado de mantê-la em cárcere privado em 2009, para forçá-la a abortar.
Em junho do ano passado, mês do desaparecimento de Eliza, Macarrão contou que a ex-amante de Bruno o teria procurado para pedir R$ 1,5 mil. Depois de ser agredida pelo menor de idade envolvido no caso dentro do carro de Bruno, Eliza, segundo ele, teria passado a pedir R$ 50 mil, e os três foram, com autorização do goleiro, ao sítio em Minas Gerais, onde a ex-amante teria recebido R$ 30 mil. Macarrão afirma que a deixou em um ponto de táxi, mas não a viu embarcar.
- Meu sonho é que esse taxista apareça - disse.
Outros pontos ditos por Macarrão na entrevista entram em contradição com os demais depoimentos. O amigo de Bruno afirma que o menor agrediu Eliza com um soco, enquanto o próprio agressor declarou tê-la golpeado com uma arma. Macarrão também nega ter pedido para que escondessem o bebê de Eliza Samudio e diz que ele ficou com um funcionário, enquanto o goleiro contou que sua ex-mulher Dayanne Souza cuidou da criança. Segundo Macarrão, Eliza só se machucou no nariz, mas a versão de Dayanne dá conta de que ela se feriu em um dos dedos da mão. Já o primo de Bruno, Sérgio Rosa Sales, que também está envolvido no caso, disse que o ferimento era na parte superior da cabeça.
O dia em que a Justiça Brasileira se tornar sistêmica, independente, ágil e coativa, e com Tribunais fortes e juízes próximos do cidadão e dos delitos, o Brasil terá justiça, segurança e paz social.
"A Função Precípua da Justiça é a aplicação coativa da Lei aos litigantes" (Hely Lopes Meirelles)- "A Autoridade da Justiça é moral e sustenta-se pela moralidade de suas decisões" (Rui Barbosa)
MAZELAS DA JUSTIÇA
Neste blog você vai conhecer as mazelas que impedem a JUSTIÇA BRASILEIRA de desembainhar a espada da severidade da justiça para cumprir sua função precípua da aplicação coativa das leis para que as leis, o direito, a justiça, as instituições e a autoridade sejam respeitadas. Sem justiça, as leis não são aplicadas e deixam de existir na prática. Sem justiça, qualquer nação democrática capitula diante de ditadores, corruptos, traficantes, mafiosos, rebeldes, justiceiros, imorais e oportunistas. Está na hora da Justiça exercer seus deveres para com o povo, praticar suas virtudes e fazer respeitar as leis e o direito neste país. Só uma justiça forte, coativa, proba, célere, séria, confiável, envolvida como Poder de Estado constituído, integrada ao Sistema de Justiça Criminal e comprometida com o Estado Democrático de Direito, será capaz de defender e garantir a vida humana, os direitos, os bens públicos, a moralidade, a igualdade, os princípios, os valores, a ordem pública e o direito de todos à segurança pública.
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