O dia em que a Justiça Brasileira se tornar sistêmica, independente, ágil e coativa, e com Tribunais fortes e juízes próximos do cidadão e dos delitos, o Brasil terá justiça, segurança e paz social.
"A Função Precípua da Justiça é a aplicação coativa da Lei aos litigantes" (Hely Lopes Meirelles)- "A Autoridade da Justiça é moral e sustenta-se pela moralidade de suas decisões" (Rui Barbosa)
MAZELAS DA JUSTIÇA
Neste blog você vai conhecer as mazelas que impedem a JUSTIÇA BRASILEIRA de desembainhar a espada da severidade da justiça para cumprir sua função precípua da aplicação coativa das leis para que as leis, o direito, a justiça, as instituições e a autoridade sejam respeitadas. Sem justiça, as leis não são aplicadas e deixam de existir na prática. Sem justiça, qualquer nação democrática capitula diante de ditadores, corruptos, traficantes, mafiosos, rebeldes, justiceiros, imorais e oportunistas. Está na hora da Justiça exercer seus deveres para com o povo, praticar suas virtudes e fazer respeitar as leis e o direito neste país. Só uma justiça forte, coativa, proba, célere, séria, confiável, envolvida como Poder de Estado constituído, integrada ao Sistema de Justiça Criminal e comprometida com o Estado Democrático de Direito, será capaz de defender e garantir a vida humana, os direitos, os bens públicos, a moralidade, a igualdade, os princípios, os valores, a ordem pública e o direito de todos à segurança pública.
quinta-feira, 24 de março de 2011
SEM JUSTIÇA, SÓ ELEITOR TEM A FORÇA
SÓ ELEITOR TEM A FORÇA - PÁGINA 10 | ROSANE DE OLIVEIRA, 24/03/2011
Depois que o Supremo Tribunal Federal decidiu ontem que a Lei da Ficha Limpa não poderia ter sido aplicada na eleição de 2010, e abriu a porteira para a posse de quem se elegeu mas não assumiu por ter a ficha suja, o eleitor vai, enfim, se convencer de que só ele, na hora do voto, poderia ter feito a faxina. O Supremo entendeu que, ao aprovar a lei menos de um ano antes da eleição, o Congresso desrespeitou o princípio da anterioridade. Logo, a exigência de ficha limpa só poderá valer para 2012.
Há controvérsias. Pelo que se ouviu nas falas dos ministros, é possível que a lei nunca venha a ser aplicada. Sem poder apelar para o princípio da anterioridade, candidatos barrados por terem sido condenados por um colegiado, como determina a lei, poderão invocar outro ponto da Constituição para escapar do filtro. Trata-se do princípio da presunção da inocência. Por ele, ninguém poderá ser considerado culpado até a condenação definitiva.
Para quem conhece a cabeça dos ministros do Supremo, o resultado da votação era previsível. Às 14h10min, horas antes da conclusão da votação, o advogado Antônio Augusto Mayer dos Santos, escreveu à Página 10: “Tenho a convicção de que o recorrente, candidato a deputado estadual, terá seu registro deferido. Digo isso amparado numa relevantíssima decisão de agosto de 2008, em que o Pleno, por maioria, consignou que nem mesmo uma lei complementar pode transgredir a presunção constitucional de inocência (...).”
Antônio Augusto toca exatamente no ponto que pode fazer a Lei da Ficha Limpa morrer sem produzir efeitos: candidatos acusados de improbidade ou de qualquer outro crime só ficariam inelegíveis depois de condenados em última instância, sem direito a recurso. A prevalecer essa interpretação, só resta ao eleitor barrar o ficha suja na urna, já que os partidos, a quem caberia fazer uma seleção mais criteriosa, só querem saber se o sujeito tem votos.
COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - É uma vergonha! O fato de que "pelo que se ouviu nas falas dos ministros, é possível que a lei nunca venha a ser aplicada", desmerece esta grande nação que ambiciona ser republicana, ética e democrática. Para que continuar pagando altos salários e uma máquina judicial tão onerosa para os minguados cofres públicos para um Poder cuja lentidão e tolerância não permitem decisões em tempo hábil, estimulando afrontas aos princípios da administração pública e livrando ímprobos, imorais, corruptos, criminosos e oportunistas das ilicitudes que cometem.
Que justiça é esta lava as mãos para as questões relevantes e de clamor popular, deixando a decisão nas mãos do povo, do eleitor. É uma barbaridade, diria meu avô.
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