Jovem que disse ter matado 12 pessoas no Vale do Sinos ganha a liberdade. Ele foi liberado esta manhã do Centro de Atendimento Socioeducativo de Novo Hamburgo. Cid Martins e Letícia Barbieri - zero hora, 18/03/2011 | 11h20min
O adolescente franzino que surpreendeu o Estado ao confessar 12 assassinatos aos 16 anos, em março de 2008, no Vale do Sinos, ganhou a liberdade nesta sexta-feira. Internado no Centro de Atendimento Socieducativo (Case) de Novo Hamburgo desde 2008, o jovem está amparado no artigo 121 do Estatuto da Criança e do Adolescente. Segundo o Eca, uma medida de internação não deve ultrapassar três anos.
Apesar da liberação ter sido confirmada por integrantes do governo estadual, Justiça e Case não estão se pronunciando sobre o assunto por se tratar de um caso em segredo de Justiça. Um forte aparato policial teria sido montado esta manhã em frente ao Case. Por volta das 6h ele foi entregue à família, sob os cuidados de um programa de proteção a jovens ameaçados de morte, do governo federal.
Em março de 2008, o fato estarreceu o Rio Grande do Sul e tornou-se notícia nacional e internacional. O rapaz, que disse ter matado uma das vítimas com pelo menos 20 tiros e torturado outra antes de matá-la, volta agora ao convívio da sociedade gaúcha. Nos últimos meses ele teria demonstrado avanços psicológicos.
Apesar do jovem ter confessado 12 homicídios, a polícia concluiu 11 inquéritos, sendo sete de assassinatos. Foram atribuídos a ele uma morte em Dois Irmãos e outras seis em Novo Hamburgo. Na Justiça, ficou comprovado o envolvimento do adolescente em cinco crimes (quatro em Novo Hamburgo e um em Dois Irmãos). Em outros dois ele foi absolvido. Os demais inquéritos são de tentativa de homicídio, receptação e assalto a comércio.
O dia em que a Justiça Brasileira se tornar sistêmica, independente, ágil e coativa, e com Tribunais fortes e juízes próximos do cidadão e dos delitos, o Brasil terá justiça, segurança e paz social.
"A Função Precípua da Justiça é a aplicação coativa da Lei aos litigantes" (Hely Lopes Meirelles)- "A Autoridade da Justiça é moral e sustenta-se pela moralidade de suas decisões" (Rui Barbosa)
MAZELAS DA JUSTIÇA
Neste blog você vai conhecer as mazelas que impedem a JUSTIÇA BRASILEIRA de desembainhar a espada da severidade da justiça para cumprir sua função precípua da aplicação coativa das leis para que as leis, o direito, a justiça, as instituições e a autoridade sejam respeitadas. Sem justiça, as leis não são aplicadas e deixam de existir na prática. Sem justiça, qualquer nação democrática capitula diante de ditadores, corruptos, traficantes, mafiosos, rebeldes, justiceiros, imorais e oportunistas. Está na hora da Justiça exercer seus deveres para com o povo, praticar suas virtudes e fazer respeitar as leis e o direito neste país. Só uma justiça forte, coativa, proba, célere, séria, confiável, envolvida como Poder de Estado constituído, integrada ao Sistema de Justiça Criminal e comprometida com o Estado Democrático de Direito, será capaz de defender e garantir a vida humana, os direitos, os bens públicos, a moralidade, a igualdade, os princípios, os valores, a ordem pública e o direito de todos à segurança pública.
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