MAZELAS DA JUSTIÇA

Neste blog você vai conhecer as mazelas que impedem a JUSTIÇA BRASILEIRA de desembainhar a espada da severidade da justiça para cumprir sua função precípua da aplicação coativa das leis para que as leis, o direito, a justiça, as instituições e a autoridade sejam respeitadas. Sem justiça, as leis não são aplicadas e deixam de existir na prática. Sem justiça, qualquer nação democrática capitula diante de ditadores, corruptos, traficantes, mafiosos, rebeldes, justiceiros, imorais e oportunistas. Está na hora da Justiça exercer seus deveres para com o povo, praticar suas virtudes e fazer respeitar as leis e o direito neste país. Só uma justiça forte, coativa, proba, célere, séria, confiável, envolvida como Poder de Estado constituído, integrada ao Sistema de Justiça Criminal e comprometida com o Estado Democrático de Direito, será capaz de defender e garantir a vida humana, os direitos, os bens públicos, a moralidade, a igualdade, os princípios, os valores, a ordem pública e o direito de todos à segurança pública.

sábado, 23 de julho de 2011

CAÇA-NÍQUEIS; JUIZ FEDERAL É AMEAÇADO DE MORTE

Magistrado está com processo sobre presidente da Vila Isabel. O GLOBO, 22/07/2011 às 23h55m. Antônio Werneck

RIO - A Polícia Federal abriu inquérito para investigar ameaças de morte a um juiz federal de Niterói, encarregado de julgar o processo em que o contraventor e presidente da escola de Samba Vila Isabel, Wilson Vieira Alves, o Moisés, e mais 30 pessoas envolvidas na máfia dos caça-níqueis, são acusados de formação de quadrilha armada, contrabando e e corrupção ativa. O grupo foi formalmente acusado na sexta-feira pelo procurador Leonardo Luiz de Figueiredo Costa, do Ministério Público federal, em Niterói, que entregou à Justiça Federal suas alegações finais - último passo antes da sentença do juiz.

As ameaças contra o juiz são investigadas desde o início do mês. O Ministério Público pediu abertura de inquérito, e policiais federais da Delegacia da PF em Niterói já estão rastreando várias linhas telefônicas para descobrir a origem das ligações. Pelo menos duas ameaças de morte foram feitas. Policiais federais reforçaram ainda a segurança do juiz e do prédio da Justiça Federal em Niterói. O assunto está sendo acompanhado ainda pelo Tribunal Regional Federal (TRF), a segunda instância da Justiça Federal no estado.

Uma das acusadas é Isabel Cristina Melo Dias Russo, de 52 anos, que foi responsável pelo Departamento de Finanças da Escola de Samba Vila Isabel. Isabel, segunda as investigações, aparece também como sócia da empresa Anaís Assessoria Contábil, no Centro de Niterói, controlada pelo bicheiro. A empresa administrada pela mulher seria responsável pela distribuição de selos que permitiam o funcionamento de máquinas caça-níqueis no estado.

O presidente da escola de samba Vila Isabel, Wilson Vieira Alves, o Moisés, responderá pelos crimes de quadrilha armada, vários crimes de contrabando e seis crimes de corrupção ativa. Entre os denunciados estão sete policiais militares, três ex-policiais militares e um policial civil. Dos acusados, 18, incluindo Moisés, estão presos, 11 respondem em liberdade e dois estão foragidos. O grupo foi preso em abril do ano passado, quando a PF e o MP federal deflagraram a Operação Alvará (uma menção ao selo usado nas máquinas). Moisés foi preso em seu apartamento na Avenida Atlântica, em Copacabana . Dois diretores e um assessor da escola de samba também foram presos.

Segundo as investigações da Polícia Federal, o presidente da Vila Isabel seria o responsável pelo Instituto Vila Isabel de Assistência Social, Pesquisa e Educação Profissional, ligado à Escola da Samba Unidos de Vila Isabel. O instituto sobrevive graças ao patrocínio das empresas Freedom Transportes Ltda, em nome de Moisés, e Anaís Assessoria Contábil, além de empresas como Garra Diversões Ltda e WGE Informática, todas usadas na atividade da quadrilha, como fechadas na atividade principal, exploração de máquinas caça-níqueis.

Segundo o procurador Leonardo Luiz de Figueiredo Costa escreveu em suas alegações finais, Moisés juntamente com os outros membros da quadrilha, tinha total controle dos jogos nas cidades de Niterói e São Gonçalo. Ainda segundo ele, as investigações da operação Alvará derivaram de outra, da Operação Furacão, quando foram presos empresários, policiais, membros do Poder Judiciário e do MP.

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