OAB SP REVELA PREOCUPAÇÃO COM CORTES NO ORÇAMENTO DO JUDICIÁRIO - PORTAL DA OAB-SP 23/12/2010 17:28
A OAB SP revelou preocupações com o corte da proposta orçamentária do Judiciário Paulista, dentro do projeto de lei que consolida o orçamento estadual, votado pela Assembléia Legislativa na noite dessa terça-feira (21/12). Inicialmente, o orçamento previsto era de R$ 12,3 bilhões, mas sofreu uma redução para R$ 5,7 bilhões. “A não aprovação do orçamento do Judiciário, com um corte histórico de 54% da proposta original do TJ-SP deixa um sentimento de frutração diante do estado caótico em que se encontra a Justiça paulista, onde 200 Varas criadas não foram instaladas, a informatização não está concluída, não há recursos para modernizar a gestão, aumentar o quadro de juízes e remunerar adequadamente os servidores", avalia o vice-presidente da OAB SP e presidente da Comissão de Assuntos do Poder Judiciário, Marcos da Costa.
A despeito desse desfecho, a OAB SP reitera a necessidade de prover o Judiciário com mais recursos para vencer suas mazelas e fazer a Justiça andar. “A OAB empenhou-se nesse segundo semestre para que o orçamento estadual contemplasse as necessidades do Judiciário, uma vez que em São Paulo a autonomia financeira do Poder Judiciário não é cumprida, como prevê a Constituição Federal. Nos reunimos com o TJ-SP, com o Conselho Nacional de Justiça, com deputados estaduais, com entidades de magistrados e de servidores e nossa esperança agora é que o governador eleito, Geraldo Alckmin cumpra compromisso assumido na Ordem de valorizar o Judiciário e a cidadania e suplemente as finanças da Justiça bandeirante", assegurou Luiz Flávio Borges D'Urso.
A OAB SP lutou intensamente para que o orçamento do Poder Judiciário paulista não sofresse cortes, como vem acontecendo nos últimos anos. Para isso, diretores da OAB SP estiveram reunidos, em outubro, com representantes das entidades de servidores da Justiça Paulista e, em outra oportunidade, com a Apamagis, para debater o impacto do corte proposto pelo governado do Estado. A Ordem, AASP e o IASP divulgaram Nota pública conclamando os poderes Executivo e Judiciário a aprovar sem cortes a proposta enviada pelo Tribunal de Justiça do estado de São Paulo. Ainda em outubro, a Ordem pediu ao presidente da Assembléia, Barros Munhoz, que fosse realizada uma audiência pública para tratar da questão.
A prioiridades de recursos para o Judiciário foi debatido ainda durante o Encontro de Presidentes de Subsecções , em Atibaia, quando o Colégio de Presidentes reafirmou a participação da Advocacia no debate sobre o orçamento do Judiciário.Nas eleições gerais , a OAB SP divulgou a campanha SOS- Justiça para sensibilizar os candidatos sobre os problemas do Judicuário , atuou na Assembléia para repor recursos por emendas e se reuniu com o CNJ e TJ-Sp para analisar as questões orçamentárias do Judiciário.
COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - ESTE BLOG JÁ VEM ALERTANDO PARA A FALÊNCIA DO PODER JUDICIÁRIO DIANTE DA CONTINUIDADE DA ATUAL POLÍTICA SALARIAL APLICADA NOS CARGOS INICIAIS DA MAGISTRATURA. ESTA POLÍTICA VEM CONSUMINDO MAIS DE 80% DO ORÇAMENTO DO PODER JUDICIÁRIO. FALTARÃO RECURSOS PARA CONTRATAR MAIS JUIZES E SERVIDORES, CRIAR MAIS VARAS JUDICIAIS, INVESTIR EM TECNOLOGIA E REDUZIR AS MAZELAS QUE TORNAM A JUSTIÇA BRASILEIRA MOROSA, DIVERGENTE, INOPERANTE, INEFICAZ E DISTANTE DOS ANSEIOS DA SOCIEDADE.
O dia em que a Justiça Brasileira se tornar sistêmica, independente, ágil e coativa, e com Tribunais fortes e juízes próximos do cidadão e dos delitos, o Brasil terá justiça, segurança e paz social.
"A Função Precípua da Justiça é a aplicação coativa da Lei aos litigantes" (Hely Lopes Meirelles)- "A Autoridade da Justiça é moral e sustenta-se pela moralidade de suas decisões" (Rui Barbosa)
MAZELAS DA JUSTIÇA
Neste blog você vai conhecer as mazelas que impedem a JUSTIÇA BRASILEIRA de desembainhar a espada da severidade da justiça para cumprir sua função precípua da aplicação coativa das leis para que as leis, o direito, a justiça, as instituições e a autoridade sejam respeitadas. Sem justiça, as leis não são aplicadas e deixam de existir na prática. Sem justiça, qualquer nação democrática capitula diante de ditadores, corruptos, traficantes, mafiosos, rebeldes, justiceiros, imorais e oportunistas. Está na hora da Justiça exercer seus deveres para com o povo, praticar suas virtudes e fazer respeitar as leis e o direito neste país. Só uma justiça forte, coativa, proba, célere, séria, confiável, envolvida como Poder de Estado constituído, integrada ao Sistema de Justiça Criminal e comprometida com o Estado Democrático de Direito, será capaz de defender e garantir a vida humana, os direitos, os bens públicos, a moralidade, a igualdade, os princípios, os valores, a ordem pública e o direito de todos à segurança pública.
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