MAZELAS DA JUSTIÇA

Neste blog você vai conhecer as mazelas que impedem a JUSTIÇA BRASILEIRA de desembainhar a espada da severidade da justiça para cumprir sua função precípua da aplicação coativa das leis para que as leis, o direito, a justiça, as instituições e a autoridade sejam respeitadas. Sem justiça, as leis não são aplicadas e deixam de existir na prática. Sem justiça, qualquer nação democrática capitula diante de ditadores, corruptos, traficantes, mafiosos, rebeldes, justiceiros, imorais e oportunistas. Está na hora da Justiça exercer seus deveres para com o povo, praticar suas virtudes e fazer respeitar as leis e o direito neste país. Só uma justiça forte, coativa, proba, célere, séria, confiável, envolvida como Poder de Estado constituído, integrada ao Sistema de Justiça Criminal e comprometida com o Estado Democrático de Direito, será capaz de defender e garantir a vida humana, os direitos, os bens públicos, a moralidade, a igualdade, os princípios, os valores, a ordem pública e o direito de todos à segurança pública.

sábado, 24 de agosto de 2013

CANDIDATO A NADA

‘Não sou candidato a nada’, diz Barbosa ao ‘NYT’. Jornal publica perfil do presidente do STF, que diz não ter temperamento para a vida política

O GLOBO
Atualizado:24/08/13 - 13h45

O presidente do Supremo, durante o julgamento dos recursos do mensalão: “As pessoas não querem ficar passivas durante os arranjos da elite” Jorge William/12-6-2013


RIO - O "New York Times" publicou neste sábado um perfil do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa. Ao jornal americano, o ministro diz que seu temperamento "não se adapta bem à política" e, em referência às eleições presidenciais de 2014, completa: "Não sou candidato a nada".

As recorrentes discussões na Corte entre Barbosa e outros ministros foram destacadas pela reportagem do correspondente Simon Romero, que citou polêmicas dos últimos anos. "Eu falo muito o que penso", disse o ministro do STF para explicar por que não se adaptaria à vida política.

O perfil aborda a atuação do ministro durante o julgamento do mensalão e sua "falta de tato", que representa, segundo o NYT, a força por trás de uma série de decisões socialmente liberais, objeto de "fascínio popular". São citadas ainda as recentes discussões entre Barbosa e o ministro Ricardo Lewandowski, na fase de recursos do julgamento. Na entrevista, Barbosa disse que alguma tensão é necessária para a Corte funcionar corretamente. "Sempre foi assim", disse o presidente do STF. O não pedido de desculpas por ter dito que Lewandowski estaria fazendo "chicana" para atrasar as decisões finais também faz parte do perfil.

Ao falar das manifestações que tomaram as ruas do Brasil em junho, Barbosa criticou a violência de alguns manifestantes, mas disse acreditar que o movimento é sinal da "exuberância da democracia". "As pessoas não querem ficar passivas diante dos arranjos da elite".

A exposição também traz problemas e o deixa em posição "defensiva", diz o texto, que cita reportagens sobre o apartamento comprado por Barbosa em Miami (por meio de uma empresa aberta supostamente para pagar menos impostos) e benefícios atrasados recebidos do Ministério Público Federal.

O correspondente do NYT escreve também sobre a infância em Paracatu (MG) e a trajetória profissional, desde sua entrada na universidade contra "todas as expectativas". "Era o único estudante negro no curso da época", diz o texto.

A popularidade do presidente do Supremo aparece até nas máscaras vendidas durante o carnaval, ressalta o correspondente. Durante os protestos de junho, a reportagem lembra que o nome do ministro foi apontado por manifestantes como uma das principais opções de candidato a presidente da República. Atuações em casos polêmicos dão prova de sua influência no Judiciário, informa a reportagem. Fora a relatoria do julgamento da ação penal do mensalão, o trabalho pela efetiva legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo no país é um exemplo apontado pelo “New York Times”.

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