Ajufe critica proposta para limitar participação de magistrados em eventos privados. Agência Brasil - JORNAL DO COMERCIO, 09/12/2011 - 17h22min
A Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) criticou nesta sexta-feira (9), por meio de nota, a iniciativa da Corregedoria Nacional de Justiça de restringir a participação de juízes em eventos e seminários privados. Esta semana, a corregedora Eliana Calmon propôs que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprove a limitação da presença de juízes em eventos patrocinados por empresas e entidades públicas ou privadas em hotéis de luxo.
"A Ajufe manifesta indignação e perplexidade com a possibilidade desta [corregedoria] pretender cercear ou limitar direitos e garantias expressamente previstas no texto constitucional", de acordo com a nota assinada pelo presidente da associação, Gabriel Wedy. Ele também sinalizou que poderá entrar com ações na Justiça para barrar essa proibição.
A proposta prevê que os juízes não poderão mais viajar ou se hospedar em hotéis com despesas pagas por empresas ou entidades privadas. proposta prevê que os juízes não poderão mais viajar ou se hospedar em hotéis com despesas pagas por empresas ou entidades privadas. Para que os magistrados participem de eventos, será preciso aprovação prévia dos tribunais, que devem ser transparentes em relação aos custos desse tipo de participação.
Para Wedy, as medidas, se aprovadas, vão ferir a liberdade associativa prevista na Constituição. "Não pode a Corregedoria do CNJ pretender disciplinar o direito de reunião de juízes", criticou o presidente da Ajufe, lembrando que a própria corregedora Eliana Calmon já participou de eventos como palestrante ou representante de classe.
Quanto ao patrocínio dos eventos, Wedy fez uma analogia com os veículos de comunicação que não deixam de ser imparciais porque são patrocinados. "A própria imprensa, que tem licença, permissão e concessão de serviço público outorgados pelo Estado para operar, recebe legal e legitimamente patrocínios públicos e privados, como faculta a Constituição Federal. E não se questiona, e nem se poderia questionar, a isenção das notícias".
A entidade também criticou a investigação da evolução patrimonial de magistrados a partir da quebra de sigilo fiscal, o que considera ilegal. Em novembro, a corregedoria informou que está analisando o patrimônio de 62 juízes. Para Wedy, a ação só deve ser autorizada por meio de decisão judicial para fins de apuração criminal. "O ato de correição deve ser realizado com coerência, sem apelo midiático", pediu o representante classista.
O dia em que a Justiça Brasileira se tornar sistêmica, independente, ágil e coativa, e com Tribunais fortes e juízes próximos do cidadão e dos delitos, o Brasil terá justiça, segurança e paz social.
"A Função Precípua da Justiça é a aplicação coativa da Lei aos litigantes" (Hely Lopes Meirelles)- "A Autoridade da Justiça é moral e sustenta-se pela moralidade de suas decisões" (Rui Barbosa)
MAZELAS DA JUSTIÇA
Neste blog você vai conhecer as mazelas que impedem a JUSTIÇA BRASILEIRA de desembainhar a espada da severidade da justiça para cumprir sua função precípua da aplicação coativa das leis para que as leis, o direito, a justiça, as instituições e a autoridade sejam respeitadas. Sem justiça, as leis não são aplicadas e deixam de existir na prática. Sem justiça, qualquer nação democrática capitula diante de ditadores, corruptos, traficantes, mafiosos, rebeldes, justiceiros, imorais e oportunistas. Está na hora da Justiça exercer seus deveres para com o povo, praticar suas virtudes e fazer respeitar as leis e o direito neste país. Só uma justiça forte, coativa, proba, célere, séria, confiável, envolvida como Poder de Estado constituído, integrada ao Sistema de Justiça Criminal e comprometida com o Estado Democrático de Direito, será capaz de defender e garantir a vida humana, os direitos, os bens públicos, a moralidade, a igualdade, os princípios, os valores, a ordem pública e o direito de todos à segurança pública.
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