Advogado de Cachoeira diz que praia é ‘recomendação médica’. Nabor Bulhões disse que seu cliente foi descansar e que não estava “sambando na Sapucaí"
EVANDRO ÉBOLI
O GLOBO 7/01/13 - 19h07
Carlinhos Cachoeira e a esposa Andressa Mendonça curtem férias na Península de Maraú, regiao sul da Bahia Foto: Rodrigo Nunes
BRASÍLIA - O advogado Nabor Bulhões, defensor do bicheiro Carlinhos Cachoeira, disse na tarde desta segunda-feira que seu cliente foi para o litoral baiano por recomendação médica. Nabor afirmou que Cachoeira estava bastante debilitado, com desidratação, desmaiou e foi-lhe recomendado descansar na praia. O bicheiro passou o fim de semana com a mulher, Andressa, em um resort de luxo na Península de Maraú, na Bahia.
- Ele (Cachoeira) precisa de repouso, de descanso. Ele está bastante debilitado, desidratado, sofrendo de transtorno bipolar, com mudança abrupta de humor, ora eufórico ora depressivo. E também com problema cardiológico, que precisa de exame mais profundo. O médico disse que o ideal era ir para região de mar, no litoral, para descansar - disse Nabor Bulhões, que disse que seu cliente viajou discretamente e a imprensa que foi atrás dele.
- A imprensa que o perseguiu, que foi atrás dele. Se ele se esconder embaixo da cama, vão achá-lo lá. Ele não chamou os jornalistas. Ele não apareceu em público. Não estava sambando na Sapucaí. A imprensa que fez um Carnaval. Não estava em nenhum evento ou ato extraordinário - disse Bulhões.
O advogado assegurou que Cachoeira comunicou à Justiça de Goiás que iria deixar Goiânia. Ele não precisa de autorização judicial, basta a comunicação.
Cachoeira foi condenado em dezembro do ano passado a 39 anos, oito meses e dez dias de prisão por formação de quadrilha, corrupção ativa, violação de dados sigilosos, advocacia administrativa e peculato. Ele chegou a ser preso, mas foi solto poucos dias depois. Em liberdade, se casou com Andressa no final de dezembro.
Cachoeira sai da prisão e diz que é o ‘garganta profunda’ do PT. Decisão que beneficiou bicheiro foi do desembargador Tourinho Neto
VINICIUS SASSINE
O GLOBO 11/12/12 - 21h40
O contraventor Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, deixou a prisão nesta terça-feira O Popular / Ricardo Rafael
BRASÍLIA – O contraventor Carlinhos Cachoeira, preso desde a última sexta-feira, deixou complexo prisional em Aparecida de Goiânia no início da noite desta terça-feira. Cachoeira foi beneficiado por um habeas corpus concedido pelo Tribunal Regional Federal da 1'ª região (TRF-1). A decisão foi proferida pelo desembargador Tourinho Neto. A 11ª vara federal em Goiás - onde corre o processo referente à Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, que levou à prisão de Cachoeira no início deste ano - logo foi comunicada sobre a decisão.
O bicheiro deixou o presídio de segurança máxima e retornou para sua casa, num condomínio de luxo em Goiânia. Na saída, deu rápidas declarações à imprensa em que insinuou possíveis revelações sobre os governos do PT.
— Sou o "garganta profunda" do PT — disse o contraventor aos jornalistas que o aguardavam na saída do presídio.
“Garganta profunda” era o codinome de um informante que esclareceu aos jornalistas do Washington Post detalhes que desmascararam o plano do presidente norteamericano Richard Nixon para destruir os rivais do Partido Democrata. O caso ficou conhecido como Watergate e levou à queda de Nixon
Bicheiro havia ficado em liberdade por 17 dias
No dia 7, o bicheiro foi condenado a 39 anos, oito meses e dez dias de prisão por formação de quadrilha, corrupção ativa, violação de dados sigilosos, advocacia administrativa e peculato, o que o levou de volta à prisão, após 17 dias de liberdade. A sentença com a condenação de Cachoeira e mais sete réus e o mandado de prisão preventiva foram assinados pelo juiz federal Alderico Rocha Santos, da Justiça Federal em Goiás.
No dia seguinte, o bicheiro foi transferido da carceragem da Polícia Federal em Goiânia para o Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. O advogado de Cachoeira, Nabor Bulhões, afirmou na ocasião que pretendia pedir a revogação da prisão do cliente ao TRF-1.
Nenhum comentário:
Postar um comentário