FALTA DE VAGAS. Justiça manda 75 presos para casa
GUILHERME PULITA | RÁDIO GAÚCHA SERRA
A Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) tem um prazo de 48 horas para cumprir uma determinação judicial que beneficiará 75 apenados do regime semiaberto de Caxias do Sul, na Serra, com a prisão domiciliar.
A Vara das Execuções Criminais deferiu o pedido da Defensoria Pública do Estado para que os presos deixem o Albergue Prisional.
A medida liberará vagas para apenados que têm direito ao semiaberto, mas ainda estão confinados na Penitenciária Industrial de Caxias do Sul e na Penitenciária Regional de Caxias do Sul.
Conforme a decisão da juíza Sonáli da Cruz Zluhan, a Susepe não cumpriu prazos para a reforma do Albergue Prisional nem detalhou cronogramas para as obras. O prédio foi incendiado por presos em junho. Na época, o MP descobriu que o incêndio fazia parte de um plano de criminosos para forçar a Justiça a determinar a prisão domiciliar dos detentos e matar desafetos. Desde então, segundo Sonáli, o Estado nada fez.
Contraponto
O que diz a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe): Por meio da assessoria de imprensa, a Susepe informa que irá acatar a decisão do Judiciário de liberar os 75 presos. Contatada por telefone à noite, a superintendência não soube detalhar os prazos e cronogramas das obras no Albergue, mas se dispôs a fornecer as informações hoje.
COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Logo em Caxias do Sul onde a criminalidade avança assustadoramente. E depois culpam a polícia pela sensação de insegurança e terror nas ruas. Este tipo de medida revela uma justiça criminal alheia aos graves problemas de insegurança que aterrorizam as população brasileira. Ao invés de enfrentar com coragem e independência o poder político que não cumpre a LEP e nem as políticas penitenciárias previstas na constituição do RS, a justiça apadrinha a improbidade e ilicitudes desobrigando o Executivo a cumprir as leis. Só que estas medidas midiática, superficiais e inoperantes estimulam a impunidade, inutilizam os esforços policiais e sacrificam vidas e patrimônio dos cidadãos de bem.
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