JORNAL DO COMÉRCIO 21/11/2014
Roberto Brenol Andrade. Palavra do Leitor.
AUXÍLIO-MORADIA
Davy Lincoln Rocha, procurador da República, Joinville/SC
Brasil, um País onde não apenas o rei está nu. Todos os Poderes e instituições estão nus, e o pior é que todos perderam a vergonha de andarem nus.
E nós, os procuradores da República, e eles, os magistrados, teremos o vergonhoso privilégio de recebermos R$ 4.300,00 de auxílio-moradia, em um País onde a Constituição Federal determina que o salário mínimo deve ser suficiente para uma vida digna, incluindo alimentação, transporte, moradia e até lazer.
A partir de agora, no serviço público, nós, procuradores da República, e eles, os magistrados, teremos a exclusividade de poder conjugar nas primeiras pessoas o verbo morar. Fica combinado que, doravante, o resto da choldra do funcionalismo não vai mais morar. Eles irão apenas se “esconder” em algum buraco, pois morar passou a ser privilégio de uma casta superior. Tomara que Deus não exista.
Penso como seria complicado, depois de minha morte (e mesmo eu sendo um ser superior, um procurador da República, estou certo que a morte virá para todos), ter que explicar a Deus que esse vergonhoso auxílio-moradia era justo e moral. Tomara, mas tomara mesmo que Deus não exista, porque Ele sabe que eu tenho casa própria, como de resto tem quase todos os procuradores e magistrados e que, no fundo de nossas consciências, todos nós sabemos, e muito bem, o que estamos prestes a fazer.
Davy Lincoln Rocha, procurador da República, Joinville/SC
Brasil, um País onde não apenas o rei está nu. Todos os Poderes e instituições estão nus, e o pior é que todos perderam a vergonha de andarem nus.
E nós, os procuradores da República, e eles, os magistrados, teremos o vergonhoso privilégio de recebermos R$ 4.300,00 de auxílio-moradia, em um País onde a Constituição Federal determina que o salário mínimo deve ser suficiente para uma vida digna, incluindo alimentação, transporte, moradia e até lazer.
A partir de agora, no serviço público, nós, procuradores da República, e eles, os magistrados, teremos a exclusividade de poder conjugar nas primeiras pessoas o verbo morar. Fica combinado que, doravante, o resto da choldra do funcionalismo não vai mais morar. Eles irão apenas se “esconder” em algum buraco, pois morar passou a ser privilégio de uma casta superior. Tomara que Deus não exista.
Penso como seria complicado, depois de minha morte (e mesmo eu sendo um ser superior, um procurador da República, estou certo que a morte virá para todos), ter que explicar a Deus que esse vergonhoso auxílio-moradia era justo e moral. Tomara, mas tomara mesmo que Deus não exista, porque Ele sabe que eu tenho casa própria, como de resto tem quase todos os procuradores e magistrados e que, no fundo de nossas consciências, todos nós sabemos, e muito bem, o que estamos prestes a fazer.
Meu Deus....ainda pergunta se Deus existe. E concientes do que estão fazendo a lei do retorno será pior.
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