MAZELAS DA JUSTIÇA

Neste blog você vai conhecer as mazelas que impedem a JUSTIÇA BRASILEIRA de desembainhar a espada da severidade da justiça para cumprir sua função precípua da aplicação coativa das leis para que as leis, o direito, a justiça, as instituições e a autoridade sejam respeitadas. Sem justiça, as leis não são aplicadas e deixam de existir na prática. Sem justiça, qualquer nação democrática capitula diante de ditadores, corruptos, traficantes, mafiosos, rebeldes, justiceiros, imorais e oportunistas. Está na hora da Justiça exercer seus deveres para com o povo, praticar suas virtudes e fazer respeitar as leis e o direito neste país. Só uma justiça forte, coativa, proba, célere, séria, confiável, envolvida como Poder de Estado constituído, integrada ao Sistema de Justiça Criminal e comprometida com o Estado Democrático de Direito, será capaz de defender e garantir a vida humana, os direitos, os bens públicos, a moralidade, a igualdade, os princípios, os valores, a ordem pública e o direito de todos à segurança pública.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

O QUE FICA DO MENSALÃO - AMÉM?

PÁGINA 10 | LETÍCIA DUARTE (Interina)- O QUE FICA DO MENSALÃO - ZERO HORA 04/04/2011

Pode ser que tudo acabe em pizza, que os envolvidos acabem impunes. Mas o relatório final da Polícia Federal sobre o mensalão no governo Lula, divulgado neste final de semana pela revista Época, cumpre um papel histórico: confirma definitivamente que o esquema existiu.

Em meio às tentativas de desconstrução de um dos maiores escândalos de corrupção já descobertos no país, classificado pelo ex-presidente Lula como uma “farsa”, o documento recoloca as peças no seu devido lugar, após seis anos de investigação. Ainda que não apresente nenhuma grande novidade, o calhamaço de 332 páginas implode as tentativas de jogar para debaixo do tapete o esquema montado pelo publicitário Marcos Valério, tendo como uma das principais fontes de financiamento o Visanet, com participação do Banco do Brasil, para distribuir R$ 55 milhões a dezenas de parlamentares de diferentes partidos da base aliada da gestão passada.

Buscando minimizar as conclusões da PF, o secretário de comunicação do PT, André Vargas, respondeu que o mensalão é uma tese da oposição, que a mídia e a Polícia Federal compraram, e que caberá ao Judiciário dar a última palavra. Ele sabe que a última palavra deve ser amém. Como o crime de formação de quadrilha vai prescrever no final de agosto deste ano, 22 dos 38 réus do processo devem ficar automaticamente livres da acusação. Embora o relatório da PF já tenha sido encaminhado ao gabinete do ministro Joaquim Barbosa, o relator do caso do mensalão no Supremo Tribunal Federal, a previsão é de que, cumpridos os ritos legais, o caso só seja julgado em 2013, oito anos depois da descoberta do esquema.

Até lá, é provável que ninguém seja responsabilizado, que figuras como José Dirceu e Delúbio Soares voltem à cena política. Só que o passado não será apagado. Como bem disse a presidente Dilma Rousseff em janeiro deste ano, ao participar, em Porto Alegre, de uma homenagem às vítimas do Holocausto, a memória é uma arma para evitar que barbaridades se repitam. No caso do mensalão, o relatório da PF não nos deixa esquecer. Nem cair na farsa.

COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - No caso do Mensalão do PT caberá ao Judiciário dar a última palavra. Ou a justiça adota uma postura coativa para coibir as imoralidades e a corrupção na política ou continua no caminho do descrédito.

Que esta última palavra não seja AMÉM rumo à prescrição.

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