“Ninguém tem ideia do que estou passando”. ENTREVISTA - Luís André da Silva Domingues - zero hora 21/04/2011.
Um homem acuado. Assim se define o engenheiro mecânico Luís André da Silva Domingues, nesta entrevista concedida terça-feira a Zero Hora:
Zero Hora – Como está sua vida, depois que o verdadeiro ladrão se apresentou e reconheceu que usou sua identidade?
Luís André Domingues – Quase nada mudou. Continua um inferno. Meus amigos e familiares sabem que sou inocente, mas a Justiça não reconhece. Não pude votar. Consto como condenado, nos arquivos de Santa Catarina. Por ter sido impedido de votar, quase fui impedido de me formar engenheiro, em Canoas. Só me graduei porque meus advogados provaram, com documentos e cópias de reportagens, que eu não estava no local do arrombamento do banco, no dia em que o ladrão foi preso.
ZH – O senhor teve também problemas com emprego?
Luís André – Olha, estou bem empregado, graças a Deus. Inclusive estava nesse emprego quando aconteceu o famigerado arrombamento do banco em Santa Catarina, meus colegas são minhas testemunhas. Mas até realizei entrevistas para outros locais. Uma empresa de São Francisco do Sul (SC) chegou a me sondar para ganhar o dobro, elogiou minha experiência. Aí viram minha condenação e não fui mais contatado. Fui visitar uma tia em Blumenau (SC) e ficava reparando em todo policial que estava por perto. Foi um feriado intranquilo. Ninguém tem ideia do que estou passando.
O dia em que a Justiça Brasileira se tornar sistêmica, independente, ágil e coativa, e com Tribunais fortes e juízes próximos do cidadão e dos delitos, o Brasil terá justiça, segurança e paz social.
"A Função Precípua da Justiça é a aplicação coativa da Lei aos litigantes" (Hely Lopes Meirelles)- "A Autoridade da Justiça é moral e sustenta-se pela moralidade de suas decisões" (Rui Barbosa)
MAZELAS DA JUSTIÇA
Neste blog você vai conhecer as mazelas que impedem a JUSTIÇA BRASILEIRA de desembainhar a espada da severidade da justiça para cumprir sua função precípua da aplicação coativa das leis para que as leis, o direito, a justiça, as instituições e a autoridade sejam respeitadas. Sem justiça, as leis não são aplicadas e deixam de existir na prática. Sem justiça, qualquer nação democrática capitula diante de ditadores, corruptos, traficantes, mafiosos, rebeldes, justiceiros, imorais e oportunistas. Está na hora da Justiça exercer seus deveres para com o povo, praticar suas virtudes e fazer respeitar as leis e o direito neste país. Só uma justiça forte, coativa, proba, célere, séria, confiável, envolvida como Poder de Estado constituído, integrada ao Sistema de Justiça Criminal e comprometida com o Estado Democrático de Direito, será capaz de defender e garantir a vida humana, os direitos, os bens públicos, a moralidade, a igualdade, os princípios, os valores, a ordem pública e o direito de todos à segurança pública.
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